terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica
RESUMO
Um blog (abreviatura do termo inglês “weblog”) é uma página na Web actualizada frequentemente e que é composta por mensagens ou artigos, denominados de “posts”, apresentados de forma cronológica (do mais recente para o mais antigo), e cujo conteúdo pode incluir texto informativo e/ou reflexões pessoais e/ou comentários do autor sobre uma determinada temática, imagens ou, até mesmo, ficheiros de vídeo, áudio e links para sites de interesse. A possibilidade dos visitantes poderem interagir com o autor ou com outros visitantes, através da inclusão de comentários sobre os conteúdos apresentados, torna “o blog uma ferramenta de comunicação via Web, ultrapassando a dimensão da simples publicação” [1].
Com a evolução e disponibilização online de sistemas de criação e edição de blogues, gratuitos e de fácil utilização, com ferramentas próprias que dispensam o conhecimento de HTML, o número de utilizadores destes serviços aumentou consideravelmente, despertando, também, o interesse de professores e alunos que “descobrem na criação de blogues uma outra forma de aprender, de ensinar, de partilhar, de publicar, de comunicar” [2].
Em contexto escolar, os blogues têm sido explorados sob duas vertentes: “enquanto recurso pedagógico e enquanto estratégia pedagógica, uma dualidade, por vezes mais acentuada e notória, por vezes quase inexistente” [2].
Enquanto recurso pedagógico…
Isto significa que, “enquanto recurso”, os blogues se centram mais na figura do professor, funcionando como “um espaço de acesso a informação especializada” [1], em que é o professor quem disponibiliza, endereços da Web, sobre temáticas “curriculares ou extra-curriculares que apresentem informação cientificamente correcta e adequada aos níveis etários com os quais está a trabalhar” [1], ou como um espaço de publicação de informação, assumindo, essencialmente, “o formato de um de repositório de informação” [2], em que é o próprio professor quem cria e dinamiza o blogue, disponibilizando informação e materiais que considera relevantes para a aprendizagem e para o desenvolvimento pessoal e social do aluno.
Enquanto estratégia pedagógica…
Enquanto “estratégia de ensino-aprendizagem”, o blogue centra-se mais no aluno, que como autor ou co-autor do blogue, fica responsável pela “pesquisa, selecção, análise, síntese e publicação de informação, sobre os temas em estudo e/ou as actividades em curso, com todas as potencialidades educacionais implicadas” [2].
A exploração dos blogues como ferramenta de suporte à elaboração de portfolios digitais é, segundo Gomes (2005), uma das utilizações mais frequentes no domínio educativo, não só como forma de apoio à aprendizagem, mas também como instrumento de avaliação. A sua grande facilidade de utilização associada à possibilidade de inserção de conteúdos de natureza diversa, fazem do blogue uma ferramenta privilegiada para a construção de um portfolio digital, permitindo “aos alunos terem o seu espaço digital de acompanhamento e reflexão sobre as actividades e temáticas abordadas ao longo das aulas” e permitindo ao professor efectuar um “acompanhamento longitudinal do processo de participação nas actividades de aprendizagem/formação pelo que se focaliza quer no “produto”, quer no “processo” [1].
O facto de estes portfolios ser disponibilizados online, vai permitir não só que sejam vistos pelos colegas de turma/escola e/ou professores ou por qualquer outra pessoa, “a partir de qualquer ponto do mundo com acesso à Internet, como vai permitir receber contributos de autores ou leitores igualmente dispersos geograficamente” [2], favorecendo desta forma o intercâmbio de ideias, de experiências e de culturas.
A possibilidade de “construção de um blog colectivo em que todos são chamados a colaborar apresentando as suas perspectivas, experiências e realidades culturais pode ser uma forma de promover a compreensão mútua e facilitar a integração dos alunos pertencentes a minorias étnicas e/ou culturais”, transformando o blogue num espaço de integração e de colaboração.
Uma outra possível utilização dos blogues é como espaço de debate – role playing (desempenho de papeis), em que o aluno é convidado a participar num debate sobre uma determinada temática, apresentando “os seus argumentos do ponto de vista da personagem ou entidade que foi chamado a representar” [1].
Conclusão…
Num mundo em constante mutação e em que, a cada segundo, sobre “bombardeados” com dezenas, centenas, milhares, de novas informações, é importante dotar os nossos alunos de competências “associadas à pesquisa e selecção de informação, à produção de texto escrito, ao domínio de diversos serviços e ferramentas da Web”, à reflexão e ao espírito crítico, tornando-os, simultaneamente pessoas mais tolerantes e abertas a pontos de vista diferente.
[1] Gomes, M. J. (2005). Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. In Actas do VII Simpósio Internacional de Informática Educativa, pp.311-315.
[2] Gomes, M. J. & Lopes, M. (2007). Blogues escolares: quando, como e porquê? In Conceição Brito, João Torres e José Duarte (orgs.); Weblogs na educação, 3 experiências, 3 testemunhos, Setúbal: Centro de Competência CRIE, pp.117-133
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Webquests: oportunidades para alunos e professores
RESUMO
As WebQuests, criadas em 1995 por Bernie Dodge, constituem um desafio estimulante quer para a aprendizagem dos alunos quer para o desenvolvimento profissional dos professores, ajudando, tanto uns como outros (alunos e professores), a tirarem partido da enorme quantidade e riqueza de recursos disponíveis na Internet.
No caso dos alunos, as WebQuests, podem proporcionar oportunidades de aprendizagem de grande interesse pedagógico e didáctico, oferecendo actividades capazes de motivar os alunos e de os envolver, de forma activa, nas aprendizagens escolares, e explorando a aprendizagem numa perspectiva construtivista, que vai muito para além da mera memorização e reprodução dos factos.
Essa motivação é conseguida se, na sua elaboração o professor tiver em consideração os quatro elementos propostos por Keller: Atenção, Relevância, Confiança e Satisfação (ARCS). Isto significa que uma WebQuest bem conseguida deve propor uma actividade que capte a atenção dos alunos, aliciando-os para a utilização de algo que os fascina e proporcionando, simultaneamente, o apoio e o feedback necessário para que o aluno prossiga com confiança e sinta satisfação com a missão cumprida com sucesso.
As WebQuests podem ser um bom ponto de partida para a aprendizagem não só porque explicitam claramente aos alunos o que têm que fazer, como o vão fazer e como vão ser avaliados, mas também porque promovem competências específicas, nomeadamente as que estão relacionadas com a pesquisa e selecção da informação; a comunicação; a colaboração e a participação social.
Ou seja, as WebQuests proporcionam a realização de actividades, aliciantes e estimulantes, de pesquisa orientada para recursos online, fiáveis e pertinentes, actividades essas que levem os alunos a pensar, a raciocinar e a usar a informação disponível para resolver problemas, contribuindo para a formação de indivíduos autónomos; favorecem a comunicação com outras pessoas, instituições e lugares, porque a Internet é não só uma rede de computadores, mas também uma rede de pessoas (Dodge, 2001); fomentam a aprendizagem em grupo e divisão de tarefas e respectiva distribuição de papéis, com vista a um objectivo comum, contribuindo, desta forma, para a interiorização de competências colaborativas; e, promovem a participação social, na medida em que estimulam à divulgação online, pelos alunos, do resultado do trabalho desenvolvido.
No caso dos professores, as WebQuests, podem contribuir para uma mudança substancial das suas práticas educativas actuais, porque a construção propriamente dita de uma WebQuest (a sua realização enquanto produto pronto a utilizar pelos alunos), implica que o professor proceda a uma análise e interpretação prévias do material existente na rede, obrigando-o à utilização e exploração dos recursos aí disponibilizados. Isto vai contribuir para uma exploração do potencial pedagógico da Internet assim como para um maior domínio das TIC e um, consequente, ganho de confiança na sua utilização.
Assim, as WebQuests, se bem concebidas e estruturadas, são uma estratégia de trabalho que em muito pode contribuir para uma mudança substancial nos modos de ensinar e aprender que a Escola habitualmente oferece.
Costa, F. & Carvalho, A.A.A. (2006). Webquests: oportunidades para professores e alunos.. In A. A. Carvalho (org), Encontro sobre WebQuest. Braga: CiEd, Universidade do Minho, 8-25
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Web 2.0
O termo Web 2.0, criado por Tim O’ Reilly, é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web, em que a Internet não é mais uma série de páginas da Web contendo informação, mas implica participação, troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais.
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Webquests
"Uma WebQuest é uma actividade orientada para a pesquisa em que alguma, ou toda, a informação com que os alunos interagem provém de recursos na Internet, opcionalmente suplementados por videoconferência." (Dodge, B.,1995).
As webquests:
_ estimulam a motivação dos alunos e proporcionam actividades de aprendizagem verdadeiramente significativas;
_ promovem a aprendizagem cooperativa;
_ ajudam os alunos a desenvolver maiores capacidades de raciocínio.
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As webquests:
_ estimulam a motivação dos alunos e proporcionam actividades de aprendizagem verdadeiramente significativas;
_ promovem a aprendizagem cooperativa;
_ ajudam os alunos a desenvolver maiores capacidades de raciocínio.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Sobre este blogue...
Este blogue foi criadio no âmbito da profissionalização em exercício na Universidade do Minho.
Foi criado no contexto do módulo de Tecnologia Educativa.
Foi criado no contexto do módulo de Tecnologia Educativa.
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